A Copa do Mundo de 2014 está sendo uma grande surpresa. Seja pelos gols, por muitos placares inesperados, pela falta de manifestações contrárias ao evento, tudo está muito melhor do que o mais otimista poderia esperar.
E a festa que estamos vendo não resulta apenas do foco de transmissões televisivas. Ao vivo e a cores o Brasil está fazendo realmente uma grande Copa. A organização impressiona, seja na chegada ou na saída dos estádios. Serviços públicos estão funcionando melhor do que nunca. Segurança pública melhor - nos dias e locais dos jogos - do que na própria Alemanha.
Realmente parece um capítulo da antiga série "Acredite se Quiser".
Sem manifestantes, sem bombas, sem black blocs, os cavalos aguardam na sombra...
bebidas, música eletrônica e cantos da torcida
não dá para reclamar!
E se fora das quatro linhas a Copa está um show, a torcida brasileira vem mantendo o nível do espetáculo dentro dos Estádios também. O incentivo ao time brasileiro não para um minuto sequer. Mesmo quando levamos um gol (seja o primeiro contra a Croácia, seja o de empate contra o time de Camarões) a torcida não esperou dez segundos para responder com cantos de incentivo ao time e jogadores.
O hino, como de costume e irá seguir daqui para frente, fez todos se arrepiarem, e acredito deve ter dado uma certa tremedeira em alguns adversários.
confiram:
Mas vamos falar o português né: mesmo sem hino o jogo de ontem era a baba do quiabo. Este time de Camarões deveria ter vindo de espetinho e não de avião. Foi o saco de pancadas da Copa. Com 9 gols sofridos e apenas 1 anotado, zero pontos e um saldo de -8 fez Roger Milla ter que antecipar sua visita ao médico. E isto porque o México ainda foi garfado em dois gols, senão o saldo deles era de -10!
E agora tudo indica que o que está bom irá melhorar ainda mais.
Holanda e México prometem um grande jogo, com dificuldades sérias para os holandeses que não terão muito espaço para jogar. A Holanda é favorita mas terá dificuldades. Se chegar na semifinal terá provavelmente pela frente a Argentina, reeditando a final da Copa do Mundo de 1978 e certamente querendo vingança. Ambos, Holanda e Argentina, não devem ter dificuldades nas quartas de final.
De minha parte prefiro enfrentar os holandeses que os argentinos em uma hipotética final. Os primeiros jogam melhor é fato. Mas os segundos terão grande representatividade numa eventual final (não seria surpresa um Maracanã com mais de 15 mil argentinos presentes), e sua torcida canta demais. Por fim mas ainda neste ponto Messi, tão questionado por não fazer gols nem ser decisivo, fez um gol decisivo e nos acréscimos contra o Irã, exatamente no emblemático Maraca, o que deve dar bastante confiança para o Hermano. Isto para não falar que eles certamente vão usar as lembranças da final naquele Maracanã contra o Uruguai para incentivar seu time.
Já do lado do chaveamento onde está o Brasil já temos um sul-americano na semifinal. Uruguai e Colômbia farão um jogo sem favoritos. Nas eliminatórias para a Copa uma vitória para cada lado. Já o Chile deve lutar como nunca e morrer como sempre. Mesmo seu hino, também entoado por sua torcida além dos acordes que a Fifa patrocina, não deve ser suficiente para inspirar os chilenos a superar a forte defesa brasileira. E se não bastasse uma das melhores zagas da nossa história, o escrete canarinho conta com Neymar, cada vez mais o Pelezinho encarnado! Dribles, gols, assistências, chapéus, o craque está fazendo jus ao número 10 em sua camisa, e não treme, muito pelo contrário chama para si a responsabilidade.
Caso o jogo de quartas de final seja entre Brasil e Uruguai teremos mais uma reedição de final nesta Copa, desta feita relembrando a Copa de 1950.
Do mesmo lado onde o Brasil está temos tudo para ver pela frente um outro jogo disputadíssimo nas quartas, entre França e Alemanha. Qualquer que seja o vencedor, e caso o Brasil passe pelo seu adversário (seja a Colômbia, seja o Uruguai), teremos mais jogo que reedita uma final de Copa, seja contra a França (para vingar 1998), seja contra a Alemanha (para tentar repetir o que foi feito em 2002).
Isto se Costa Rica, Estados Unidos, Nigéria (ou até o Irã) e Argélia (quem diria, Argélia!) não resolverem aprontar um pouco mais numa Copa onde ganhar bolão não significa entender de futebol, obrigatoriamente...
Skyline de Brasília: Um Shopping diferenciado com o nome da Cidade, um entardecer inspirador, atividades para turistas e torcedores, e nenhuma manifestação.
Surpresa para os pessimistas, alegria para quem conseguir ir aos jogos. E que siga assim, e por favor com PAULINHO NO BANCO E FERNANDINHO DE TITULAR!