Jogadores festejam junto com a Torcida, que foi o 12º jogador.
Como estamos frisando desde sempre neste blog, o aspecto emocional no futebol é impressionante.
E como foi impressionante ver o Brasil não apenas jogar em solo brasileiro, mas jogar num Maracanã lotado, com pleno e irrestrito apoio das arquibancadas.
O efeito das arquibancadas nos jogadores foi evidente, a começar pela correria que impusemos de forma frenética.
Mas os adversários também sentiram. Com um esquema de jogo totalmente diverso do original, mostrando um time não compactado e nervoso na troca de passes, tudo indica que as vozes das arquibancadas surtiram efeito, assim como o esquema do Felipão.
E agora vamos demonstrar isso não com palavras, mas com vídeos:
Após a entrada em campo tivemos os Hinos Nacionais. Durante o Hino Nacional da Espanha infelizmente tivemos algumas vaias no Estádio (por evidente não deste Blogger). Já o Hino Nacional do Brasil foi aquele que consta no post anterior (1), e que fez todos se emocionarem, inclusive repórteres que foram às lágrimas.
Para este Blogger, que foi ao campo de jogo, a forma com que ontem os próprios jogadores cantaram o Hino, abraçados e com vigor, demonstra que o Hino Nacional virou doping moral e cívico para a seleção brasileira.
Logo após o Hino, a Torcida cantou em coro, antes do início do jogo, aquele chavão que no caso foi de coração:
E, ainda antes do jogo, a música abaixo foi pela primeira vez entoada nesta Copa das Confederações:
Tudo isso incendiou o time em campo - mais uma vez - levando ao gol do Brasil logo no início. Isso não vem me parecendo sorte ou acaso, mas uma consequência direta do apoio incrível que vem das arquibancadas.
Se o Hino foi cantando não apenas na sua parte inicial, isso inspirou o atacante Fred que tratou de adaptar a segunda parte que começa com o verso "deitado eternamente em berço esplêndido" para fazer um gol deitado - que confesso nunca vi na minha vida - com 1 minuto e 35 segundos de jogo.
Verso este que também inspirou David Luiz, que também deitado evitou gol certo do time espanhol.
Em jogos por clubes, uns apoiam, outros assistem, e há os adversários. Ontem todos apoiavam e não havia torcida do time visitante. Eram 74 mil voz numa mesma toada. Os cariocas comandaram o ritmo e mostraram que o Maraca é nosso ; )
Nesse contexto, se a gripe espanhola dizimou parte da população no início do século XX, a Espanha de ontem não assustava a torcida, e nessas circunstâncias tínhamos um forte indicativo da volta de Jason, digo, da volta do Campeão:
No lance da cobrança do pênalti podemos sentir claramente que Sérgio Ramos sentiu a pressão que veio da torcida, conforme vídeo já adicionado no post anterior (2).
Os gritos de Olé já eram constantes e isso incendiava ainda mais o time brasileiro - se Jô não tivesse sido o fominha da vez, certamente teríamos feito o 4 gol neste contra-ataque de 3 contra 2:
Com isso em pleno segundo tempo o Hino Nacional do Brasil foi novamente entoado:
Era lindo de ser ver o Brasil jogar, e outra música pela primeira vez entoada nesta Copa das Confederações me fez lembrar de samba de não tão antigamente:
O Brasil jogava de forma contundente, impondo seu futebol. A vitória era mais que certa:
O tempo passava e a hora chegava...:
Diante de tudo isso os espanhóis preferiram ir mais cedo para os vestiários, ao invés de acompanhar a festa do escrete canarinho até o final:
Nos próximos dias fecharei este módulo com algumas análises do Estádio do Maracanã e perspectivas para a próxima Copa do Mundo, no ano que vem.
Que as manifestações populares também tenham coerência, não se voltando contra amantes do futebol que não são a favor da corrupção por gostarem de futebol, mas muito pelo contrário.
E que esse Gigante pela própria Natureza não fique "deitado eternamente em berço esplêndido", já que gols feitos como o de Fred, deitado, e gols evitados como o de David Luiz, também deitado, são raros.
(1) e (2) = vide vídeos postados em http://jminsideworldcup.blogspot.com.br/2013/06/torcida-empurra-brasil-e-espanha-sente.html
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