A Copa das Copas vem mostrando que camisa não ganha jogo mesmo. E é por isso que o futebol move centenas de milhões de apaixonados. Trata-se de um dos poucos esportes onde garra, suor e lágrimas valem, muitas vezes, mais do técnica, tática e treinamento. No mundo da bola um emocional confiante e muita transpiração são difíceis de se segurar, e está Copa está provando isto para quem ainda tinha dúvidas.
Embora os favoritos, líderes nos seus grupos nas oitavas, tenham todos se classificados pela primeira vez na história, todas as seleções eliminadas nas oitavas merecem elogios, com destaque para Argélia, Chile, Estados Unidos, México e Suíça, que caíram de pé. Em quase todos os jogos nas oitavas se o derrotado fosse a equipe classificada o resultado ainda assim seria justo.
Decepção apenas pelo Uruguai, nas oitavas, que realmente sentiu a mordida de Suárez mais do que o próprio adversário italiano. É uma situação onde as críticas da imprensa realmente atrapalharam o Grupo, que não conseguiu superar este fato externo.
Já nas quartas, ainda que com alguma dificuldade no caso da Holanda, deu a lógica, que era inclusive esperada por este blogger (vide post abaixo).
A Colômbia já estava feliz por ter chegado nas quartas pela primeira vez na sua história e a Alemanha e a Argentina impuseram sua superioridade com grande categoria. Problemas apenas para a seleção brasileira com a joelhada que se caracteriza como agressão física, embora o árbitro nem com o cartão amarelo tenha advertido o colombiano.
E agora: Brasil sem o Neymar, como ficamos?
Antes de mais nada já seria muito difícil com Neymar. Quando ele não jogava o time não jogava. A dependência era tamanha que ele funcionava como elo de ligação da defesa para o meio, do meio para o ataque, e como próprio atacante.
Mas passada a grande dor pela saída do nosso Pelezinho, cumpre avaliar que primeiramente o Felipão deveria ter deixado de ser cabeça dura, e convocado o Lucas, ex. São Paulo e hoje na França, que seria o reserva ideal, com todas as condições para se consagrar substituindo Neymar.
Em segundo ponto o Brasil, hoje, não tem praticamente um esquema de jogo, com ou sem Neymar, então achar que iremos desenvolver algo em 3 dias é sonho...
Porém o futebol é paixão, é emoção, é transpiração.
Como a Argélia deu aquela canseira na Alemanha: com disposição e suor. Mesma situação da Costa Rica face a Uruguai, Itália, Inglaterra e Holanda.
E tudo indica que cada jogador brasileiro irá jogar com mais gana e garra, na base dos 150% da sua própria capacidade, não apenas pela torcida, mas também por ser o Brasil o País sede, e agora também pelo próprio Neymar, muito amigo de todos na Delegação Canarinho.
Acreditem ou não a ausência de Neymar pode até ajudar a Seleção Brasileira. Se com Neymar teríamos uma equipe bem previsível e fácil de marcar (um colado no Neymar e outro na sobra por setor), sem ele somos um time onde o imprevisível futebol clube dificulta até para Alemanha, que terá que adivinhar como iremos proceder.
E isto abre as portas para que outros grandes jogadores, como Marcelo e Oscar, chamem um pouco a responsabilidade para si. Quem sabe com um time mais fechado e com uma grande participação dos dois grandes astros ora citados, não chegamos na final; )
Em tese a Alemanha é sim a favorita, mas isto não significa nada numa Copa que viu Colômbia e Costa Rica chegarem nas quarta, Grécia e Argélia nas oitavas (e estas últimas quase chegaram nas quartas de final).
Já a outra semifinal é um jogo sem favoritos. A provável contusão de Di María não irá abalar a confiança que os hermanos estão mostrando nos Estádios, com um apoio incondicional e por 120 minutos para sua seleção. Confiram como foi em São Paulo contra a Suíça:
Novamente teremos grandes jogos nas Semifinais: Um Brasil x Alemanha, que reedita a final de 2002, e um Holanda x Argentina, que reedita a final de 1978.
Se os sul-americanos ganharam as faturas anteriores, agora terão que suar e muito a camisa para repetir o feito.
Esta Alemanha é um time muito disciplinado e a Holanda tem técnica de sobra. A substituição do goleiro titular do time Orange, logo após grande defesa no segundo tempo da prorrogação e momentos antes das cobranças de pênaltis, foi não apenas um ato de coragem, mas também um ato que mostra que o Treinador da Holanda tem o Grupo na mão. No mesmo sentido a jogada ensaiada da Alemanha, contra a Argélia, onde Müller cai antes de passar pela bola - o time é tão frio que muitos comentaristas chegam a pensar que até a queda do atacante foi proposital...
A final dos sonhos é Brasil e Argentina. Uma final muito difícil pois os hermanos cantam e dançam como poucos (vide acima), e tem em Messi um líder e craque que hoje nos falta. Uma final que pela rivalidade local será lembrada por décadas, independente de quem seja o vencedor. Uma final que, caso se confirme, será um dos jogos mais esperados da história do futebol, mas primeiro os sul-americanos tem uma difícil missão nos próximos dias 8 e 9 de julho.
Sem Neymar, mas com muita garra. O 'Felipão' é craque em conquistar títulos, sem astros na equipe. Agora cabe a ele despertar o brio e a raça necessários para mais uma conquista. A Alemanha também não está desenvolvendo um bom futebol e se o time se concentrar e multiplicar esforços em prol do bem comum, certamente, levantaremos mais uma vez o caneco. Estou confiante. Acredito que na adversidade as coisas fluem com mais facilidade. Vários fatores concorrem para o sucesso da equipe canarinho, fratura do Neymar, morte do pai-avô do Marcelo entre outros. Rumo ao Hexa.
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