Realmente foi pífia a despedida da seleção brasileira. Novamente o Felipão escalou um time que não fez um jogo treino, contra um time bem montado e que não perdeu um jogo sequer nas eliminatórias europeias. Muito pelo contrário, em 10 partidas eliminatórias a Holanda empatou um jogo e ganhou 9. E isto num grupo com a Turquia, que não é cachorro morto desde 2002, e a Hungria, que revolucionou o Planeta da Bola há algumas décadas.
A inércia e falta de profissionalismo do Felipão atestam que o mesmo está superado. Assim como Parreira. Parreira foi um dos partícipes do fiasco de 2006, quando escalou Juninho Pernambucano nas quartas de final contra a França sem treinar e deu no que deu. Felipão, não bastasse os 7 x 1, repetiu o erro contra a Holanda (invicta também nesta Copa) e ainda usou Neymar de escudo. Lamentável.
Como vencer uma equipe como a Holanda, invicta nas eliminatórias europeias e na Copa de 2014, escalando um time sem treiná-lo primeiro? A realidade é que o 3 x 0 saiu barato. O Brasil sequer acertou chutes no gol adversário e poderíamos ter apanhado de mais. No segundo tempo a Holanda lutava mais pelo seu terceiro - e merecido - gol do que o Brasil tentava efetivamente alguma coisa...
E Parreira tem mais culpa no cartório. Em 2006 tivemos os treinos fanfarras com invasão de campo e torcedoras beijando o Ronaldinho Gaúcho. Em 2014 a festa se repetiu, com invasões sucessivas. Parreira e Felipão mostraram que ou estão completamente dominados, ou apenas interessados nos valores que lhes são pagos. Profissionalismo Zero!
No mais uma grande organização com muita segurança.
E contra um time mal treinado, para não dizer não treinado, Robben fez a festa pelo nosso lado esquerdo.
Dentro da área próxima ao Estádio e após os pontos de controle dos ingressos a festa de sempre, com cerveja e música. Por que isto não pode continuar no Campeonato Brasileiro?
A Copa de 2014 acabou. Aplausos para Holanda e Alemanha, pelo preparo, organização e ótimo futebol mostrado em campo. A Argentina, assim como o Brasil, deu sorte nos cruzamentos e com adversários mais fáceis chegaram mais longe até do que poderiam, considerando o aspecto técnico apenas.
Que a derrota brasileira também na disputa do terceiro lugar evite o entorpecimento da população, numa eleição que já estaria definida se o Hexa fosse nosso. E que o vexatório desempenho brasileiro inspire uma alteração política para que o País tenha um destino diferente do atual.
Que os gastos com mídia (principalmente no horário nobre do Jornais Nacional e da Globo), visando difundir uma ideia de que "está tudo bem" [com propagandas pagas pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobrás, e até ANVISA e ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil)] dê lugar a uma análise séria e imparcial da endêmica corrupção que estamos vendo, e de um Governo sem qualquer iniciativa.
Chega de dar o peixe. É o momento de ensinar a pescar. E se isto vale para a política, também o vale para o futebol, para que na Rússia nosso desempenho seja diferente.
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